Num dos bairros mais pobres da cidade, as Irmãs receberam do município um terreno sem as mínimas condições, numa área inundável e ao lado da lixeira municipal.
O programa necessitava da casa para as irmãs, a capela, um posto de assistência às grávidas da zona, um abrigo para 150 crianças viverem e, um abrigo para distribuir uma refeição diária a 400 pobres e, numa segunda fase, enfermarias para 90 doentes terminais com SIDA.
Um orçamento extremamente baixo ficou ainda mais reduzido pela necessidade de aterrar o local e resolver os problemas de um nível freático muito alto.
Por essas razões houve que tomar difíceis decisões no que diz respeito à drenagem e saneamento e assegurar a reciclagem da água dos esgotos, usar painéis solares para aquecer a água, e desenhar fogões de lenha melhorados. A água potável é retirada de um furo no terreno.
A tecnologia constructiva usada maximizou o uso de trabalho local e minimizou o uso do aço e do betão armado, através do emprego de paredes portantes e de arcos em tijolo furado que suportam os elementos leves de estrutura das coberturas.
A situação urbana e as condições de segurança impuseram uma solução introvertida, através de pátios de ventilação e de iluminação, ao mesmo tempo que se protege a instituição da perturbação da vida urbana em redor.
Todos os elementos expressivos foram encontrados e resolvidos estritamente através da solução dos problemas espaciais, construtivos e funcionais.