A condição de confrontação com a Avenida Marginal impõe que, nessa frente, se desenvolvam actividades de uso público, para o que se propôs um pequeno centro de apoio ao público que frequenta a frente marítima da cidade, com uma esplanada aberta sobre o mar onde se poderão instalar cafés, restaurantes e pequenas lojas de comércio adequado ao local.
No caso do edifício residencial, que é a componente mais importante do programa, a escolha da disposição radial em planta permite um máximo de unidades com vista sobre o mar ao mesmo tempo que assegura a sua ventilação transversal, que é reforçada pelas aberturas ao nível do terreno.
Todas as unidades abrem para amplas varandas dotadas com generosas floreiras que darão ao conjunto uma rica presença verde. O fraccionamento dos volumes anula a possível sensação de volumetria maciça e brutal que não seria uma presença desejável nesta situação urbana.
A solução proposta baseia-se num justo equilíbrio entre a rentabilidade financeira e o interesse colectivo, procurando salvaguardar o interesse público com os equipamentos de apoio à zona da marginal e os interesses privados, procurando assegurar a viabilidade comercial do investimento através da criação de unidades residenciais com o nível adequado à situação urbana do terreno.